segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Gripe

Acho que vou amanhecer gripada. Então vou logo dormir, assim acordo logo, e vivo logo, pra acabar mais rápido.

A gripe, claro.

:)

Tchonas Foverer! :)

Sinto muito a falta das minhas amigas. Dos dias na praia, comendo sanduíche e tomando refrigerante por quase uma semana, de usarmos as roupas uma da outra, e de sairmos de casa sem nos preocuparmos com ninguém, e, ainda assim, serem as melhores saídas e viagens das nossas vidas.
De passarmos uma semana antes comprando roupas pra praia, e quando chegavamos lá, passamos um dia inteiro com uma roupa no corpo, sem preocupações.
De quando faltou energia na cidade inteira, e saímos andando pela estrada mais escura - e não menos perigosa - cantando bem alto pra todo mundo que passava em nossa direção nos carros, sem conseguir olhar o rosto de ninguém, e dizendo que estávamos no caminho das almas :p Foi uma cena que eu realmente nunca vou esquecer.
Das festas que entramos sem permissão, e sempre dávamos a volta por cima de quem ousava se aproveitar, ninguém, nunca, era levado a sério. A regra era essa. E quando alguém se dava mal, todas ficavam juntas, e faziamos como um ninho, pra tentar ajudar, e só saíamos de perto, quando a ferida se fechava. Eu mesma já fui acolhida inúmeras vezes. Quantas noites sem dormir, quantas conversas, quantas tentativas de entender o porque das coisas, e tudo sempre acabava na nossa vingançinha particular, e todos saiam com as melhores risadas e os melhores comentários da noite.
Lembro dos planos pra sair, nos finais de semana, e caia uma chuva, mas nem tudo estava perdido - sempre dávamos um jeito de irmos a algum lugar e voltar de preferência muito bêbadas. :)
E no dia seguinte, como se eu realmente fosse ser levada a sério, prometer pra mim mesma que nunca mais ia beber, e fazer o que fiz na noite anterior. Mas bastava outra oportunidade, pra cada vez fazermos mais coisas juntas, medir nossa irresponsabilidade enquanto podíamos, porque a responsabilidade ainda não pesava nas costas, o medo, o receio, o cuidado, as pessoas, isso nem existia. Saíamos com apenas um objetivo. E ele sempre era muito bem cumprido.

Só espero que um dia, antes que tudo se acabe, eu tenha mais uma noite dessas, e por que não, várias?
Hoje, cada uma seguiu a sua vida, tomou o seu rumo. Mas o que aconteceu foi real, e muito verdadeiro, juntas fizemos parte do filme de cada uma nas lembranças que teremos quando envelhecermos e lembrarmos de como era bom, viver sem compromisso com nada e com ninguém. E que a amizade é a segunda família que nós temos.

Minhas Monsters! :D

24 de Janeiro.com muita chuva

Sinto-me melhor sabendo que ainda posso escrever aqui, pra alguém, esse alguém provavelmente sou eu mesma. Mas é mais que suficiente. Não tem nada melhor do que você saber que tem uma essência, e ainda mais, que você quer recuperá-la. Flagelos que o mundo deixou. Você se sente vivo, importante pra você mesmo, e isso, não tem preço. Quero muito voltar a ser quem eu era, porque sei, que sou uma pessoa brilhante, sempre soube que simplesmente não desapareceria na multidão. Tenho algo especial pra mim e pra alguém, ou pra muitas pessoas, sei que várias delas já enxergam isso, e estas, sei que posso guardar comigo pra sempre.

Estes dias tem chovido bastante todos os dias, várias vezes, o tempo se mantém fechado, sombrio, esquisito pra um verão. E a única coisa que eu poderia pensar nestas horas é como fazer pra passar o tempo. Ver um filme ou um seriado? Arrumar minhas coisas? Pintar minhas unhas? Eu não posso mais fazer apenas isso. Isso não seria uma coisa boa pra ser fazer durante a chuva, seria uma coisa boa pra ajudar a esquecer as coisas durante a chuva. Por que esse tempo te deixa mais em casa, te faz chegar a conclusão de que tem um mundo de possibilidades lá fora, mas na verdade você não pode sair de onde você está, porque chove.
Não sei se algum dia na minha vida, ou realmente conseguir, em um dia de chuva, fazer aquele programinha bobo, deitar minha cama bem quentinha, fazer pipoca ou chocolate quente e ver tv. Já fiz muito isso, hoje aproveito pouco esse momento único, e tão confortável que as pessoas tanto falam quando estão num dia quente, no centro da cidade e com muito trabalho a fazer.
Porque não aproveito então? Eu não sei...pra mim, acredite, já é um avanço muito grande me aproveitar da chuva pra fazer da minha vida, pre pensar na minha vida. Às vezes eu realmente penso que, não sou uma pessoa boa pra conversar, pra falar destas vidas, de como as coisas são, de como o universo é. Não consigo exprimir minhas idéias com tanta facilidade, meus pensamentos não são vagos ou fúteis, mas são meus, e custam muito sair de mim para os ouvidos de alguém. Deve ser por isso que não tenho muitos amigos, nem muitas pessoas que me admiram tanto, ou que mantenham uma relação de proximidade constante comigo. Sou muito instável com relação a isso. Mas já me abri com muita gente semi-desconhecida que nunca imaginei que o faria, e elas me adoraram, e sabem que eu sempre tenho algo a dizer. Essa repreensão toda, provavelmente deve ter afetado algumas possíveis futuras relações que eu venha a ter, ou que eu tive, mas não deram certo. Porque eu não consegui fazer isso, não consegui mostrar o melhor de mim, e isso me dá uma certa frustração.
Como prova disso, em algum momentos realmente criativos da minha vida, como na faculdade, ou no trabalho, eu mostrei pra mim mesma, e pra quem estivesse apto a ver, o meu talento e a minha capacidade. Por isso, ainda há quem acredite e confie em mim, grandes amigos, alguns amores, que estão por ai. Mas não importa se nem todos eles sabem. Eu sei.

24 de Janeiro.cópia02

Tá aí. Uma lembrança boa como lembrar daquelas viagens que a gente costumava fazer pro sítio quando eu era pequena. Nos contentávamos com três ou quatro dias dormindo num chalé com os primos, acordando cedo pa tomar café com toda a família no restaurante do hotel, esperar acabar o almoço só pra poder pedir a sobremesa - Sorvete. Que ficava o dia todo na recepção no freezer na recepção do hotel enquanto passávamos da piscina, para os quartos. Acho que foi o meu maior contato com a natureza, lembro de um lugar frio, muito frio. Mas ainda assim não estávamos nem ai e passávamos o dia inteiro com roupa de banho na piscina, jogando totó, ping pong, correndo pro campo logo ao lado onde tinha um laguinho lindo, com patos e umas ovelhas.
Era tudo tão bucólico...só lembro daquela sensação de vazio quando dava a hora de ir embora, final de tarde, ter que juntar as coisas, os dedinhos enrrugados e os olhos vermelhos de tanto cloro da piscina, mas nem lembrava de onde ter que colocar as roupas, pentear o cabelo, me arrumar pra alguém, estava sempre tudo certo.

Não sei que rumo a vida teria que tomar pra eu me sentir diferente, acho na verdade que todo rumo é necessário, pra se chegar a algum lugar. Fico me perguntando só eu me questiono assim, qual a importância das coisas, o que vale mais, e por que. De repente as coisas ficam muito confusas e eu, só queria voltar para aquela cidade, aquela lagoa. A minha ânsia pra ver os resultados tem se tornado cada dia mais desesperada, inquieta, instável. Quero que tudo aconteça logo, mas estou esquecendo do percursso, e, às vezes também esqueço que já estou vivendo as consequências do que fiz, e me arrependo. Claro, eu não consigo ser boa o tempo inteiro, ninguém consegue. Acontece que às vezes você mesmo duvida do que é capaz de causar, e esquece, que algumas dessas coisas não são mais tão reversíveis como eram quando eu era criança. Nem tudo volta atrás.

24 de Janeiro de 2011.cópia

Tenho poucas lembranças, de quando era pequena, das coisas que eu fazia, e das consequências que isso causava. Mas sempre tinha um jeito de se consertar, eu só havia tirado uma nota baixa no colégio, ou quebrado e escondido o brinquedo de alguém, mentido pra minha mãe...Foram coisas completamente reversíveis. Mas quando a gente cresce, e se aproveita da sorte que a vida vai nos dando, acaba que nos acostumamos com velhos hábitos, e não mudamos ou revemos, até que, a besteira acontece.
Não consigo falar das fofuras da vida, de como é bom ir a praia, mas sei, ainda sinto que faz parte, aquela pessoa que dava sempre uma atenção especial as coisas pequenas e simples da vida, que acordava cedo pra caminhar na praia, sem pensar que iria se bronzear sem querer e chegar em casa toda suada, morrendo de sono pra ir trabalhar, que ficava horas e horas no primeiro andar com a construção interrompida, olhando pro céu e adorando a lua e as estrelas, sem pensar o que as pessoas fazem em baixo delas, que tinha um sonho: Fazer um quarto solitário no primeiro andar, mesmo que fosse pequeno, quente e um tanto desconfortável, eu queria que ele se tornasse o meu atelier, um lugar só meu, onde eu comprava molduras baratas e fazia grafismos com tintas guarche, pedaços de jornais, revistas, e um pouco de tinta de parede que havia sobrado da reforma. Eu amava observar a cidade. Passava vários finais de tarde onde me encontrava ociosa, e pegava um ônibus no terminal só pra dar uma volta pelo centro, pra ver as pessoas, o movimento, ficar observando...era um mundinho só meu, onde eu mesma me preenchia. E às vezes, só pra completar a viagem, descia no senac pra fazer uma surpresa pra alguém que já foi o meu amor.

24 de Janeiro de 2011.

Quase um ano se passou desde o meu último post, e, como eu mesma posso perceber, continuo na minha incansável tentativa de me disciplinar, de manter hábitos e costumes rotineiros, de fazer coisas certas no tempo certo, acordar cedo, estudar para as provas, conseguir um emprego melhor...
Acontece que nessas horas é que eu consigo enxergar, como é grande o esforço que é preciso ser feito pra se atingir um objetivo - Cansa, cansa muito. E cansa ainda mais não fazer nada, e achar que sempre está tudo certo, quando na verdade não está.
Não sei se posso dizer que 2010 foi um ano bom, mas foi um ano em que passei por muitos momentos antes não vividos, situações que eu posso dizer, sem dúvida, que não sei se passaria de novo, testes, provações, desafios, decepções, perdas...Em nenhum momento quero dizer que tenha sido ruim, talvez, tenha sido apenas mais um ano que queria ter passado rápido, mas não foi. Na verdade 2011 tá ai, e as consequências de um 2010 inconsequente já estão dando as caras e olhando com uma cara bem feia pra mim. Bem, sempre achei que meu otimismo um dia me levaria a algum lugar, deve ser por isso que ainda o cultivo. Espero realmente conseguir que ao término desse ano, eu tenha melhores conclusões e menos arrependimentos, vou fazer de tudo pra isso.
Preciso colocar a minha cabeça no lugar. Lembrar de quem eu era, e nunca mais deixar de ser eu mesma, por causa de outro.

domingo, 7 de março de 2010

Toda cura para todo mal

Hoje, decididamente, resolvi relatar todos os dias da minha vida, desde hoje, ou do começo de um "dia", até o dia em que isso tudo venha a acabar. Porque vai acabar, tudo acaba...

Doença descoberta - só nos resta diagnosticá-la.
Um dos motivos para então ela ainda existir, provavelmente seja o "não querer que ela vai embora", mas, eis que hoje confesso minha aceitação, e dedicação intensa para o fim da minha doença.
Entretanto, o reconhecimento já é um bom começo, eu acho. Tem gente que não quer se curar, que quer ficar por aí, espalhando pelos ares, deixando de conhecer outras coisas que a vida tem a oferecer, guardando pra si tudo o que há de bom, ou ruim, acho que na verdade eles nem querem saber, apenas vivem. Não sei se é isso que quero pra mim.
Pensei que fosse fácil, magoar outras pessoas, e que eu já tivesse vivido, tempo e momentos suficientes pra achar que já sabia de tudo, já sentia tudo e que hoje, já não precisava temer a mais nada por já ter vivido.
Na testa! Parece que voltei pro berço, e começo a aprender a andar tudo de novo, feliz é a notícia que, eu não me lembro como fiz para aprender a andar, apenas ando. Não lembro de tudo o que passei até aqui, e hoje eu corro, e consigo fazer tudo, com minhas lindas perninhas.

Espero que consiga voltar a andar, rápido, muito rápido. Acredito que isso me ajude a passar mais o tempo, dedicando aquilo que acredito que vá passar, e vai...lógico!